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BH Minha Cidade: Buritis

31 de agosto, 2019
Jornal da Cidade BH Notícia boa também dá audiência!

Região Oeste. Autossuficiente, bairro e entorno oferecem infraestrutura completa para seus milhares de moradores

Um bairro autossuficiente

Infraestrutura. Lá, há quase tudo, de academias, butiques, bares, restaurantes, escolas, drogarias, salões de beleza e até shopping com cinco salas de cinema

Ao mesmo tempo em que apresentou um crescimento populacional muito rápido, o Buritis também se estruturou na mesma velocidade. Atentas com estas oportunidades, empresas de vários ramos de atividades descobriram este potencial e se instalaram na região.

As diversas imobiliárias no bairro são um exemplo disso. Para elas, o Buritis é ainda sinônimo de diversidade.

O bairro tem sido palco de experimentos que, felizmente, deram certo. O conceito de Rooftop (famosos bares no terraço), os containers e food trucks fazem a alegria dos moradores ou em feiras e eventos temáticos organizados pelos comerciantes e associação de moradores.

O bairro impressiona quando o assunto é lazer. Com apenas alguns minutos de caminhada você se depara com academias, butiques, parques, bares, restaurantes e shoppings, sendo que o maior — com cerca de 30 lojas — tem cinco salas de cinema.

Não há hospital no bairro, mas alguns dos principais de Belo Horizonte ficam a cerca de cinco quilômetros, tais como o Hospital Madre Tereza (Gutierrez), Hospital Luxemburgo (Luxemburgo), e Vila da Serra e Biocor (Vale do Sereno).

Contudo, existem consultórios dentários, clínicas, médicos de diversas especialidades e várias clínicas veterinárias e pet shops para quem adora animais de estimação.

Próximas ao bairro, também há opções de atendimento público, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Palmeiras e Estrela Dalva, além da Unidades de Pronto Atendimento (UPA), na Av. Barão Homem de Melo, na divisa dos bairros Estoril com Nova Granada.

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Quem mora no Buritis pode contar com a facilidade do transporte público. A região é atendida pela linha 9250, que passa por vias principais das regiões Oeste e Leste, além da 9206, que transita por importantes vias de Belo Horizonte.

A linha Suplementar 205 faz a conexão Buritis/Estação Calafate, integrando o bairro ao metrô. Quem deseja ir ao centro, pode contar com as linhas 5201 e 8203. Outra opção de transporte é o ônibus executivo SE02, que faz o trajeto mais rápido até a Savassi, com o conforto de wi-fi e ar-condicionado.





Fotos: Divulgação JC

Fazenda Tebaidas, o início de tudo

História. O químico industrial Aggeo Pio Sobrinho adquiriu, nos anos 1930, o terreno de 5 milhões de m² onde hoje se localiza o Buritis

Apesar de ser o segundo bairro mais populoso de Belo Horizonte, com cerca de 35 mil pessoas, o Buritis é um bairro novo, mas que apresentou um crescimento populacional de infraestrutura enorme, a partir dos anos 1990. Hoje uma verdadeira selva de pedras e um dos mais valorizados da capital mineira, o Buritis já foi uma ampla e pacata área verde.

A história do bairro começa na década de 1930, quando o químico industrial Aggeo Pio Sobrinho — nome do principal parque do bairro —, originário de uma família de muitas posses de Dores do Indaiá, no interior de Minas Gerais, adquiriu as terras de mais de 5 milhões de m² e fundou a Fazenda Tebaidas.

Aggeo e sua família moravam no centro de BH, e a fazenda era área de lazer que servia a toda a família. Com o crescimento da cidade se aproximando cada vez mais da região, a fazenda começou a ter invasões.
Para evitar aborrecimentos, o químico decidiu doar as terras para a Santa Casa de Misericórdia, mas o filho Aggêo Lúcio e seus irmãos, já maiores de idade, assumiram a fazenda.

Nos anos 1950, a família decidiu lotear as terras. Criaram uma imobiliária e a área originou a Cidade Industrial, o Milionários, o Barreiro e o Palmeiras. Os lotes eram baratos para a época e tudo foi vendido. Nos anos 1970 (1976, mais especificamente), os irmãos lotearam outra parte do terreno, onde hoje fica o Buritis.

Mas, desta vez, o loteamento foi melhor planejado, para que as áreas fossem melhor avaliadas. O terreno acidentado espantou compradores, contudo com a expansão da Av. Raja Gabáglia, pouco mais tarde, veio trazendo o crescimento da área nobre da cidade cada vez mais perto da região.

O boom do Buritis começou mesmo em 1992, quando a Prefeitura de Belo Horizonte alterou o zoneamento da região, a fim de permitir que fossem construídas residências multifamiliares, ou seja, prédios.

Aquela fazenda com pés de frutas de todo tipo e riachos onde a meninada nadava deu lugar a um bairro imponente, cosmopolita, com diversas opções de lazer e uma excelente infraestrutura.

Infelizmente também “ganhou” problemas, como poluição sonora, congestionamentos e violência urbana.
Mas seus moradores adoram e a maioria afirma não querer sair do Buritis.





Vocação para o entretenimento

Perto de casa. Bares e restaurantes, casa noturna, parque e até campos de futebol proporcionam diversão diversificada

Quando o assunto é entretenimento o Buritis mostra sua cara. Bons bares e restaurantes, lanchonetes, pubs, casa noturna, campos de futebol society e parques estão entre as atrações para quem prefere se divertir perto de casa.

No que se refere à gastronomia, o bairro está muito bem servido e com variedade. Há opções para todos os gostos e bolsos, tais como espetinhos, hamburguerias, comida japonesa, pizzarias, comida alemã, comida síria, comida mineira etc.

A concentração maior é na região do chamado o Buritis II, principalmente nas avenidas avenidas Aggeo Pio Sobrinho e Henrique Badaró Portugal, mas há estabelecimentos também por toda avenida Mário Werneck e em algumas ruas transversais a ela.

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Os bares que servem “espetinhos e long neck” são uma das sensações do bairro. Eles funcionam no esquema de fichas, adquiridas antecipadamente, o que agiliza o atendimento e satisfaz os clientes. O mais tradicional é o Gori Grill, da família cujo sobrenome dá nome à casa. Frequentado por gente de todas as idades, oferece churrasquinhos variados e cerveja bem gelada. É frequentado também por quem busca assistir partidas de futebol.

O Beb’s é estabelecimento do mesmo gênero. Localizado onde antes funcionava um buffet infantil, num espaço amplo, tem um playground para crianças a partir de cinco anos, ou seja, enquanto a turminha se esbalda nos brinquedos, os pais aproveitam os momentos de “folga” degustando churrasquinhos no espeto, petiscos em porções individuais, cerveja long neck e drinks variados.

Outro estabelecimento dos mais antigos e muito frequentado no bairro é o Chalé da Mata. Ele se destaca por fazer divisa com o clube da Copasa, por isso, micos muitas vezes ficam próximos dos clientes. Buffet de salada e um fogão a lenha com comida tipicamente mineira e brasileira são os chamarizes da freguesia.

Aos que buscam algo mais robusto em termos de entretenimento a principal atração do Buritis é o Clube Chalezinho, instalado desde 2002.

É o lugar certo para quem gosta de uma noite agitada, gente jovem e bonita e boa música. Mensalmente, a casa recebe uma média de 18 mil convidados. São pessoas de hábitos de consumo jovem, de 18 a 50 anos, das classes A e B.

O projeto arquitetônico integra aconchego e sofisticação. Cerâmica, madeira e efeitos de luz de led estão presentes em toda a decoração e a área externa em meio a belo jardins continua a ser destaque.

Outro atrativo da casa é sua programação diversificada, que já trouxe nomes como Jota Quest, Jorge Ben Jor e Playing for Change para sua pista, grandes expoentes do axé e do pop nacional e duplas sertanejas.

Área Verde

Espécie de palmeira nativa do cerrado, o Buriti que dá nome ao bairro é uma das muitas espécies de uma das maiores áreas verdes de Belo Horizonte, o Parque Aggeo Pio Sobrinho, atração ecológica da região.

O local é diferenciado para apreciação de momentos de lazer, descontração, relaxamento ou mesmo para praticar esportes. O parque existe desde 1996 e foi implantado por meio do programa Parque Preservado. Ocupa uma área aproximada de 600 mil m², o equivalente a 60 campos de futebol, espaço este de grande importância ecológica e beleza cênica, integrante do maciço da Serra do Curral.

Com aspecto de um vale, a reserva possui três nascentes que formam o córrego Ponte Queimada, afluente do córrego Cercadinho, pertencente à bacia do Ribeirão Arrudas. Uma das nascentes fica bem no centro da área de convivência.

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Para os usuários, além da beleza, o parque tem sua importância para a cidade principalmente por uma peculiaridade: o local tem área de convivência menor, porém um espaço de preservação considerável e é possível realizar uma caminhada monitorada pela área preservada.

A vegetação nativa da reserva é de grande significância, composta, em sua maior parte, por espécies de Mata Atlântica e Cerrado. Embaúba, pau d’óleo, cedro, sangra d’água, ingá, jatobás, vinhático e jerivá são algumas das espécies que compõem a área verde.

A fauna local é composta por répteis, mamíferos e aves, como serpentes, quatis, tatus, gambás, preás, cuícas, ouriços-cacheiros, micos, esquilos, siriemas, pombas-trocal, juritis, sanhaço-frade, alma de gato, anu, tesourinha, gavião carrapateiro, sabiá poça, sabiá laranjeira e capacetinho de veludo, entre outros.

Existem, no parque, aparelhos de ginástica, brinquedos modulares, uma quadra poliesportiva e uma pista de skate.

Esporte e Gastronomia

Outro local que se tornou o ponto de encontro dos moradores para a prática de esportes e gastronomia é a avenida Henrique Badaró Portugal. Graças à parceria da Associação dos Moradores do Bairro Buritis com o comércio local, a via tem seu canteiro central muito bem cuidado.

A pista para caminhada e corrida de 700 metros foi construída aproveitando a via para os carros, com quebra-molas e sinalização. Há um quiosque para descanso e aparelhos para alongamentos, barras e pranchas para ginástica.

Aos domingos, uma das pistas da avenida fica interditada pela BHTrans e liberada para ocupação de crianças, adultos e animais de estimação.





11 VANTAGENS DE MORAR NO BURITIS

  1.  Áreas de lazer e preservação
  2. Restaurantes
  3.  Bares
  4.  Universidades e escolas
  5.  Comércio
  6.  Hospitais e centros de saúde
  7.  Transporte público
  8.  Segurança
  9.  Praticidade e comodidade
  10.  Privacidade
  11.  Espaço para a família, longe do estresse dos centros urbanos

Fonte: VPV Imóveis

Eventos para todos os tipos de gostos e bolsos

Permanentes. Carnaval, festa junina, festival de gastronomia e até encontro de carros antigos estão no cardápio de atrações do Buritis e arredores

Os moradores do Buritis e dos bairros adjacentes são beneficiados por uma série de eventos que já entraram para o calendário da região. Há atrações de todo o tipo — para todos os gostos, bolsos e idades.

Mas, sem dúvida, o Carnaval do Buritis é o destaque, junto com o da própria Belo Horizonte. Milhares de foliões dos bairro e dos arredores, além de gente vinda de outros pontos da cidade promovem uma verdadeira invasão e curtem uma programação variada e divertida.

Em 2018, com a apresentação dos Baianeiros, o Carnaval do Buritis registrou um recorde de foliões. Tanto que a banda, composta por baianos e mineiros, teve que buscar um espaço maior na capital e, já em 2019, foi se apresentar na região da Savassi.

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Mas outros blocos sempre aparecem no Buritis durante o Carnaval, como a Kombi do Reggae, bloco e rua de lazer com atividades infantis; o Cãobada do Bem, bloco de animais de estimação fantasiados; Inimigos do Fim, especializado em samba de roda; O Fusca, com axé, pagode, samba e pop-rock; e o Gandahia, que transforma o rock em ritmo de samba.

A grande atração deste ano, contudo, foi o festival We Love Carnaval, que trouxe ao ex-Centro de Futebol Zico, estrelas da MPB, tais como Thiaguinho, Gusttavo Lima, Jorge e Matheus e até Alok, DJ conhecido internacionalmente.

Arraía e tira-gosto

As festas juninas do Buritis também são atração. Os colégios sediados na região sempre fazem seus eventos, mas o Arraiá da Paróquia Santa Clara se tornou a maior e mais famoso.

Realizada em galpões do campus do UniBH, a festa tem shows ao vivo e barraquinhas com comidas típicas, além de uma bela quadrilha. “É o momento de celebrarmos a alegria, tradição, partilha, cultura, acolhimento, fraternidade e como marca, o de ir ao encontro das pessoas”, observa uma das organizadoras, Miriam Rosa.

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Em novembro, a equipe de eventos da paróquia e o Movimento das Pequenas Fraternidades também organizam o FestGost, tradicional festival de tira-gosto, com uma variedade de petiscos servidos em barraquinhas. A animação fica por conta da Banda Música e Tau da Paróquia.

Os dois grandes eventos são preparados para um público aproximado de 4 mil pessoas e a renda angariada é integralmente destinada para a construção do templo físico da igreja.

Antigomobilismo

Para quem gosta de antigomobilismo, uma dica de evento permanente no Buritis é o realizado todo segundo domingo de cada mês na Garagem Retrô BH, que mistura oficina de reparação de veículos antigos com espaço para eventos.

O proprietário Frederico Carvalho explica que, durante os encontros, participam carros fabricados no passado, mas em perfeito estado de conservação, desde modelos Dodge, Mavericks, Opalas, Fordinhos, Hot-rods (antigos com motor “envenenado”), entre outros. “Participa aqui quem gosta de carro antigo e também gente que apenas quer assistir a um show de rock, outra atração de nossos eventos”, observa

Um dos que marcam presença com frequência nos encontros é o servidor público Demétrius Cruz e seu Fusca 1500, Azul Diamante, 1971. “Temos a mesma idade”, diverte-se o colecionador, que herdou de um primo mais velho a atração pelo Volkswagen mais famoso do mundo.

Cruz conta que foram dois anos de reforma para que o carro ficasse em condições de encarar as ruas. Apesar de ser um antigo superconservado, o Fusca não conseguiu placa preta, que determina os modelos originais que preservam a história do automóvel. “É porque meu Fusca tem itens de customização de época, como volante Motolita, lentes de farol da Porsche 911, bancos concha retrô, instrumentos linha Volks Cronomac e suspensão rebaixada”, explica. “A mecânica é 1500 original, porém está vindo aí uma 1800 com carburação Weber que vai dar uma apimentada”, acrescenta.





Entrevista com Braulio Lara

Um bairro organizado e atraente. Dirigente da ABB ressalta a importância do engajamento dos moradores no exercício da cidadania e da participação nos conselhos municipais

Apesar de muito populoso, com um trânsito muitas vezes caótico e diversos desafios urbanos, o Buritis é hoje um bairro organizado. Mas nem sempre foi assim. Com crescimento imobiliário intenso, coube aos moradores deixá-lo mais atraente, graças ao trabalho de pessoas dedicadas, como as que participam ativamente da Associação do Bairro Buritis (ABB), uma das mais importantes da capital mineira.

“A ABB teve gestões de pessoas que amam o bairro e que sempre quiseram o bem dele, sem pretensões pessoais”, avalia o atual presidente, Braulio Lara, que desde 2017 tem a incumbência de não deixar a peteca cair.

Nesta entrevista ao JORNAL DA CIDADE, o empresário e professor universitário mostra que não é fácil a missão.

Ele ressalta que há diversos obstáculos a serem transpostos, mas sua vocação pela gestão comunitária e o amor pelo Buritis falam mais alto.

JORNAL DA CIDADE Como atrair os moradores para também se engajarem na luta pelos desafios do bairro, junto com a ABB?

BRAULIO LARA Procuramos ser sempre muito transparentes, utilizando a comunicação e também a tecnologia para ter maior engajamento dos moradores. O nosso informativo mensal, o jornal Folha Buritis, por exemplo, além de impresso, também fica disponível em sua versão online na Internet.

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Além disso, transmitimos nossas reuniões pelo Facebook, com uma média de 1.000 visualizações nas primeiras 24 horas, o que é um número excelente. Até porque os vídeos ficam disponíveis na página para quem quiser assistir depois. Essas nossas experiências têm atraído o interesse de outras associações de bairros, que têm nos procurado para conhecer nossas práticas.

Como é o engajamento da associação com os conselhos municipais?

Procuramos participar de todos os conselhos para termos voz ativa junto ao município. No espectro local, participamos do Conselho de Segurança Pública (Consep) da 126ª Cia. da PMMG, que atende ao Buritis e bairros vizinhos, e participamos também do Conselho Regional de Transporte e Trânsito (CRTT) da Regional Oeste. Além disso, participamos do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM) e do Conselho Municipal de Políticas Urbanas (COMPUR) representando o setor popular.

Também fazemos reuniões mensais com a Secretaria Regional Oeste. O objetivo é mapearmos os problemas do bairro e buscarmos resolvê-los ou, pelo menos, encaminhá-los.

Um dos trabalhos mais relevantes da Associação é o “Adote o Verde com a ABB”. Como é este projeto?

O Adote o Verde é um projeto da PBH que oferece os canteiros para adoção de empresas ou entidades. No entanto, sempre quando há uma crise, a primeira coisa que o adotante faz é cortar este custo e deixar o canteiro mal cuidado.

Percebendo isso, fizemos algo diferente. A ABB adotou todos os canteiros, de todos os tipos, incluindo lugares atrativos comercialmente e outros nem tanto. Convidamos empresas para serem adotantes e todos entram no bolo geral como se fosse um condomínio, pagando por cotas proporcionais a sua exposição. Isso nos possibilitou a distribuir esta verba e manter todo o bairro organizado.

Esse projeto existe há um ano e meio e é uma de nossas referências. No início foi difícil engrenar, devido a toda a burocracia, mas hoje as pessoas chegam ao Buritis a têm a sensação de um bairro que se preocupa com o ambiente e está muito organizado.

Mas sempre há algo a melhorar?

Claro, tem muita coisas que precisamos avançar. Ainda temos problemas com a irrigação dos canteiros, porque nem todos os sistemas foram ligados pela Copasa, apesar de já termos feito solicitações. Temos lutado ainda contra propagandas irregulares que sujam o visual do bairro. No entanto, nas vias em que existe o trabalho de manutenção dos canteiros, aproveitamos para retirar as faixas e cartazes poluidores.

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Outros itens já precisam de intervenção da Prefeitura. Um exemplo são cabos de postes frouxos ou soltos nos passeios. Já pedimos para que isso seja resolvido, mas ainda esbarramos na burocracia e na morosidade.

A ABB, contudo, já conseguiu alguns avanços para o bairro. Quais os principais?

Desde 2015 tentávamos o recapeamento da avenida Mário Werneck em frente ao Parque Aggeo Pio Sobrinho. Finalmente em 2018 conseguimos que a obra fosse feita e hoje aquele trecho está com asfalto novo, uma maravilha.

Mas outras manutenções ainda precisam ser feitas. Precisamos destacar ainda que conseguimos que pelo menos uma linha de ônibus chegue à parte mais alta do bairro, nas imediações da Rua Lauro Ferreira. Quem utiliza o transporte coletivo é obrigado a subir verdadeiros morros para chegar em casa ou no trabalho.

Essa solução será via linha 9206, que em breve irá transitar pela Rua Consul Walter passando pela pracinha da rua Stella Hanriot. Está dependendo apenas de esta rua ser recapeada. Será um grande avanço.

Apesar dessas melhorias, o Buritis ainda tem uma fama de ter um trânsito muito congestionado. Como resolver?

Buritis está sempre em desenvolvimento e a cada dia passa a ser preferido por muita gente. Isso faz com que tenhamos uma população das maiores da cidade, com vários tipos de poder aquisitivo. Essa massa de pessoas acaba trazendo trânsito, principalmente à Mário Werneck (avenida) que é muito sensível a congestionamentos. Isso se resolveria com a construção de um projeto que batizamos de Anel do Buritis. Trata-se de um projeto que cria mais rotas alternativas para quem entra, sai e circula por aqui.

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O símbolo principal desse projeto é o desenvolvimento de um binário fazendo a Rua José Rodrigues Pereira apenas subindo para a Raja e a Mário Werneck sendo usada apenas para entrada do bairro. O projeto contempla mudanças de mãos de diversas ruas e avenidas com o intuito de melhorar as saídas e entradas do bairro. Outro sonho é uma trincheira da av. Raja Gabáglia com a av. Barão Homem de Melo. Isso seria sim uma importante obra estruturante para a região.

Para conseguir uma obra desse porte é necessário ter uma mobilização política forte. Vimos que tem um projeto nesse sentido que é o Fórum Buritis na Política. Como funciona?

Trata-se de um projeto idealizado em 2016, realizado pela primeira vez em 2017, que prevê a realização de debates com a população, em vários painéis, abordando temas como saúde, educação, segurança, trânsito, infraestrutura, etc.

Os participantes são pessoas interessadas em serem candidatos a cargos eletivos e que têm oportunidade de dialogar com a população de forma antecipada e transparente. Este ano o Fórum iniciará em outubro com foco às eleições de 2020.

É uma oportunidade única de conversamos sobre a cidade e sobre nosso bairro. É a pura prática da cidadania. É a chance também de futuros representantes da nossa região na política se apresentarem com antecedência e não somente nas vésperas das eleições.


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1 Comentário

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    Assur Orador 30 de abril de 2020

    Meu maior desgosto com o bairro é por conta do descaso da PBH em relação às músicas nos bares,tirando nosso direito ao descanso ou trabalho, o dos filhos de estudar e dormir, e ainda desrespeitam bebês e pessoas mais velhas que não conseguem descansar. A experiência da quarentena tem sido (dentro do possível) gratificante pois, nas poucas vezes que precisamos sair, percebemos como o nosso bairro é bonito e agradável sem a confusão promovida por quem sequer mora aqui. Espero que estes bares sejam proibidos (que me dera) ou os últimos a serem liberados para funcionar.

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