Saúde. Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, da Prefeitura de Belo Horizonte, realiza projeto “Cuidadores Ativos”, que prepara pacientes e familiares para alta segura.
Toda semana, a equipe multiprofissional do Hospital se reúne com pacientes e acompanhantes em uma roda de conversa nas áreas de convivência das enfermarias. A ação teve inicio em setembro de 2018.
Em sua última edição, o paciente Laércio Carlos, 80 anos, pediu a palavra. Prestes a receber alta depois de 23 dias de internação em razão de uma complicação da doença de Chagas, fez questão de se pronunciar.
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Em pé, declarou, emocionado, a todas as pessoas presentes: “Estou saindo daqui 100%. O trabalho que vocês desenvolvem é muito bom e esse projeto é mais uma demonstração do cuidado de qualidade que prestam aqui. Além do atendimento excelente, ainda temos a oportunidade de esclarecer nossas dúvidas e falar sobre as questões que nos afligem”.
Idealizado pela equipe assistencial do Hospital, que identificou a demanda dos pacientes e familiares que se sentiam despreparados para a alta hospitalar, o projeto atendeu, entre setembro e dezembro de 2018, 191 participantes nas enfermarias da clínica médica.
A todo vapor em 2019, o projeto envolve profissionais da terapia ocupacional, psicologia, serviço social, fisioterapia, fonoaudiologia e nutrição. Vale dizer, que o Hospital Célio de Castro está com seleção pública para o preenchimento de 122 vagas. Inscrições podem ser feitas pela internet.
Questões como alimentação e nutrição enteral, cuidado com os dispositivos invasivos (sondas, drenos, ostomias), posição correta na cama para a alimentação, direitos sociais, hidratação, acolhimento, dependência e reabilitação, nada fica de fora e toda dúvida é acolhida e respondida.
“O Cuidadores Ativos é um projeto coletivo de toda a equipe multiprofissional do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro e tem como proposta o empoderamento e a capacitação dos cuidadores para o manejo do paciente quando ele for para casa e, também, contribuir para diminuição do tempo de internação”, explica a terapeuta ocupacional Amanda Ferreira.
Isso por que a perspectiva da alta hospitalar gera diferentes sentimentos, inclusive de insegurança, de alguns familiares e cuidadores, o que pode retardar a alta.
Dessa forma, é necessário um planejamento para a desospitalização segura e eficiente. “Com esse foco, cada profissional, de acordo com a sua área de conhecimento, faz orientações que considera mais pertinentes sobre os temas que os cuidadores demandam mais respostas ou que a própria equipe acredita que eles precisam de orientação. Também abrimos espaço para o esclarecimento de dúvidas sobre assuntos que não foram abordados”, detalha Amanda.
A terapeuta ocupacional Amanda Ferreira reforça que os retornos são sempre positivos. “No dia do projeto, toda quarta-feira, a equipe passa de leito em leito convidando os familiares e os pacientes. Quem participa agradece, surgem dúvidas realmente interessantes e percebemos que as informações contribuem para um cuidado mais efetivo”, observa.
Além disso, a participação no “Cuidadores Ativos” é uma oportunidade de descoberta de que o paciente pode realizar atividades no Hospital durante o período de internação como desenho, bordado e música, por exemplo.
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