BH Minha Cidade. Circuito da Pampulha promove diversos eventos e envolve bares e restaurantes em torno de um tema, a Serra da Mantiqueira
A Pampulha é tão peculiar que possui um festival de gastronomia exclusivo, que envolve restaurantes e bares da região e atrai gente de todos os cantos. Em sua 10ª edição, o Circuito Gastronômico da Pampulha acontece, este ano, de 10 de setembro a 6 de outubro.
Participam cerca de 20 restaurantes que vão seguir o tema “Serra da Mantiqueira”, onde o turismo é desenvolvido e a gastronomia festejada. Seus atrativos gastronômicos estão desde o cultivo de ingredientes versáteis para a culinária, como o pinhão no Vale da Paraíba, até o desenvolvimento de produtos como vinhos e cafés.
Nos arredores da cidades de Andradas, encontram-se o azeite e o vinho, graças aos italianos que lá se instalaram no século XIX, já em Bueno Brandão, a produção de queijos, no Espírito Santo do Pinhal, Carmo de Minas, Jacutinga e Lambari, estão alguns dos melhores cafés do Brasil, e em São João da Boa Vista, há ótimos restaurantes.
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Para o Circuito Gastronômico 2019, cada chef dos restaurantes convidados irá elaborar pratos inéditos, com ingredientes da Serra da Mantiqueira e baseados nos estudos dos ingredientes e a relevância da cultura alimentar locais.
Diversas ações emolduram o festival. Como workshops realizados não só em BH, como também em Lagoa Santa, Pedro Leopoldo e Confins. Esta 10ª edição traz como ação inovadora, além do ineditismo dos pratos, as cozinhas shows que acontecem no Iate Tênis Clube e no Mineirão.
Haverá ainda um evento de rua para promover ocupação de espaço público. Com atrações gastronômicas, musicais e culturais, ele pretende proporcionar um ambiente agradável, divertido e de muito aprendizado aos visitantes, estendendo suas ações para além dos moradores da região da Pampulha.
Antes mesmo do início do Circuito Gastronômico da Pampulha, os organizadores realizaram a já tradicional expedição. Entre os dias 23 e 26 de junho, chefs, jornalistas especializados e o comitê organizador do Circuito Gastronômico da Pampulha (CGP) visitaram diversas cidades em torno da Serra da Mantiqueira.
A ideia central foi garimpar ingredientes para inspirar os chefs a desenvolverem seus pratos para a edição de 2019. A vivência de experiências incríveis, o fomento ao relacionamento entre os que participam da expedição e conhecer locais incríveis e seus sabores e sua gente tornaram a excursão muito especial.
Cerca de 30 tipos diferentes de iguarias foram encontrados na viagem pelos participantes. Algumas, como o azeite e alguns queijos, trutas e frutas, só são possíveis naquela região, pela geologia e clima específicos dessa parte da Serra da Mantiqueira. Também se destacam as águas de São Lourenço e Caxambu, com propriedades medicinais e terapêuticas.
A expedição começou em Caxambu. Depois seguiu para Cruzília, onde os expedicionários conheceram o Queijo montanhêz Capa Preta, no Laticínio Ozório Barros. Eles então seguiram para Aiuruoca e, no caminho, também encontraram o produtor do Queijo Du’Tutti de quejios artesanais (tipo parmesão).
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Já em Aiuruoca, os participantes visitaram o produtor de azeite Olibi. Além de azeitonas em conserva, do azeite em óleo tradicional, ele produz a versão em pó, que pode ser usada em receitas e até em drinks.
O grupo foi ainda ao Sítio Cambará com suas geleias totalmente artesanais de amora, mirtillo, framboesa e physalis.
No meio do caminho, a expedição visitou o Vale do Mututu e almoçou no Tia Iraci, restaurante bem típico de Minas Gerais, com fogão a lenha, muito sabor e ingredientes colhidos na horta. No cardápio havia um frango caipira perfeito e uma cerveja artesanal de fabricação própria.
Os expedicionários seguiram também para Alagoa para conhecer a loja Queijo D’Alagoa, com seus diversos queijos locais, premiados internacionalmente, incluindo o Queijo Alagoa Grande, medalha de bronze no Mondial du Fromage, em Tours na França.
Em São Lourenço, as estrelas foram os doces de leite, geleias, e outros típicos como ambrosia e chuvisco. Além do laticínio Miramar, onde nasceu o tradicional Catupiry e o Unique Café.
Em Delfim Moreira, todos degustaram as iguarias da Queijaria da Montanha e da Cervejaria Artesanal Kraemerass.
Uma visita à cervejaria e destilaria Musa, que produz cerveja, cachaça, licores, gin e aguardente de banana e tangerina, também estava no roteiro.
Já nos “finalmentes”, os expedicionários almoçaram em Santa Rita do Sapucaí. A sobremesa foi uma visita ao Pedro Dias do Grandpa Joel’s Coffee, responsável por projetar a cidade em todo o País e no exterior. FOTOS NEREU JÚNIOR
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