Esporte. O triatleta profissional mineiro Thiago Vinhal tem dado o que falar em nível nacional. Primeiro negro a competir no mundial de Ironman na categoria profissional em 2017, com recorde de tempo brasileiro da história na competição, o atleta estava imerso em sua temporada de treinos em Mallorca, a maior ilha do arquipélago das Ilhas Baleares localizado a leste da Espanha, com o objetivo de atingir as condições adequadas nesta fase mais intensa do treinamento.
Neste fim de semana, 26 de maio, ele compete pelo Ironman Brasil e, sua meta é conquistar mais pontos para garantir sua participação no mundial em Kona, no Havaí.
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Quantas vezes participou de provas de Ironman?
Vinhal: O IronMan é a mais dura e mais longa prova de triathlon do mundo, com 3,8 Km de natação, 180 Km de ciclismo, e 42 Km de corrida, distâncias específicas das provas IronMan, sendo que a competição mundial sempre acontece tradicionalmente em Kona, no Havaí.
Minha estreia foi em 2011, ainda como atleta amador, no Ironman Brasil. A partir daí, se tornou uma paixão, e me inscrevi em várias provas, todos os anos. Só no Ironman Brasil, já competi 7 vezes, completando a oitava agora, em Floripa; na Áustria, 4 vezes; Cozumel, 3 vezes; Malásia, 2 vezes; Ironman Fotaleza, uma vez; Japão uma vez; e mundial de Kona também duas vezes. Indo agora para a terceira! No total, mais de 20 provas de Ironman.
Quando e como começou a praticar esportes?
Vinhal: O esporte sempre faz parte da minha vida desde criança. Comecei a praticar natação aos 3 anos, por ser uma criança agitada, e meus pais acharem que seria bom para gastar a energia que tinha de sobra. Com o passar do tempo, eu fui gostando mais e mais, e estudei numa escola de BH que incentivava muito a prática de esportes.
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Foi um ‘empurrão’ dos meus pais, mesmo que sem querer, me tornaram o que sou hoje. Aos poucos, comecei a pegar o gosto também pela corrida. A virada para o triathlon veio por acaso mesmo. Eu já nadava e gostava muito de correr. Aos 18 anos, tinha carreira como modelo, e uma pessoa da minha agência na época me pediu fazer alguma coisa para ficar com o corpo mais definido. Nisso, comecei a fazer spinning. Por mais engraçado que seja, foi por causa desse pedido que eu descobri o que eu amava, unindo a natação, à corrida e ao ciclismo.
Como ocorreu sua profissionalização? Como foi a transição?
Vinhal: Em meu primeiro Ironman, em 2011, fui campeão nacional da minha categoria na época – de 25 a 29 anos, ainda como atleta amador. Só não fui para o mundial como amador porque fui convidado a participar do programa de TV Hipertensão. Descobri que meus próprios limites estavam acima do que eu imaginava, me apaixonei pela prova, pela distância do Ironman, e, já no ano seguinte, em 2012, competi como atleta profissional, já com o objetivo de participar do Mundial em Kona. Hoje, seis anos depois, estou aqui entre os 50 melhores do mundo, com a oportunidade de viver meu sonho no mundial pela terceira vez.
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O que diria para as pessoas que desejam ser mais ativas e praticar algum esporte?
Vinhal: Não subestime o poder da consistência, da regularidade. É melhor conseguir fazer um pouco a cada dia, do que não fazer nada. Conheça seu corpo, seus limites, que tipo de atividade te traz mais prazer, e se respeite, mas de forma consistente, mantendo a frequência. Termine cada exercício físico com a sensação de bem estar, e não com a sensação de exaustão extrema, dessa forma, ele facilmente se torna um hábito.
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