A disputa no segmento dos sedãs médios esquenta ainda mais com o lançamento, neste mês de março, da linha 2018 do Corolla. Trata-se de uma resposta da Toyota aos recentes lançamentos das novas versões do Honda Civic e Chevrolet Cruze, além do Nissan Sentra, apenas para citar alguns dos “players” disponíveis no mercado.
O Corolla 2017 não chega a ser um novíssimo carro. É, na verdade, uma reestilização ou atualização (como queiram) do modelo que lidera o segmento e está sob a guarda da marca que, por incrível que pareça, cresceu 2,6% em 2016 em relação ao ano anterior, enquanto a maior parte dos fabricantes sofreu com quedas e mais quedas nas vendas. “Sempre buscamos crescer de forma sustentável e aqui não seria diferente. Até porque acreditamos no Brasil, apesar dos atuais números da economia”, observou o CEO da Toyota para América Latina e Caribe, Steve St. Angelo, durante o evento de apresentação do modelo em São Paulo.
O executivo e seus comandados confiam sobremaneira também nos clientes e concessionários. Tanto que, a exemplo do Etios, na linha 2018 do Corolla foram beber na fonte da opinião pública a inspiração para aperfeiçoar a nova família, agora composta pelas versões XEi, Altis e XRS – esta última não é mais apenas uma série especial. Um exemplo desta sugestão é a adoção do controle de estabilidade, que era uma desvantagem competitiva do sedã em relação aos concorrentes e agora está presente como item de série.
Em contrapartida às atualizações, o Corolla 2018 manteve a mesma motorização, seguindo o velho ditado de que não se mexe em time que está ganhando. A empresa mexeu pouco também nos preços. A versão XEi, que custava R$ 96.990, por exemplo, subiu para R$ 99.990. Os demais preços são os seguintes: 1.8 L GLi manual (R$ 69.690), 1.8L GLi Multi-Drive (R$ 69.990), 1.8L GLi Upper Multi-Drive (R$ 90.990), 2.0L XEi Multi-Drive (R$ 99.990), 2.0L XRS Multi-Drive (R$ 108.990), 2.0L Altis Multi-Drive (R$ 114.990).
O visual do Corolla 2018 está mesmo diferente e as mudanças se concentram na parte dianteira, com um conjunto de faróis e grade reestilizados e mais afilados. Os cantos do para-choque têm vincos aprofundados.
As lanternas são em LED e as luzes traseira, de freio e de neblina estão na parte inferior, destacando ainda mais uma barra cromada. Já as luzes de ré e de seta ganharam tom escurecido.
A linha de cintura lateral ficou mais elevada e as rodas de liga leve são de 17 polegadas. Especificamente a versão XRS ganhou aerofólio traseiro, saias esportivas (frontal, lateral e traseira) e ponteira do escapamento cromado.
O acabamento interno do Corolla 2018, mesmo na versão de entrada GLi, é revestido em couro preto (volante e detalhes da manopla de transmissão) e cinza (parte anterior dos bancos dianteiros e traseiros). As versões GLi Upper e XEi possuem acabamento em couro na cor cinza; a XRS, em couro exclusivo na cor preta; e a topo de linha Altis, na nova cor linho claro.
Conforme a versão o painel é de um jeito. Na GLi, a zona de informação é composta por um grande círculo central que indica a velocidade, tendo, o conta-giros à esquerda, e indicador de combustível e temperatura à direita. Um display de cristal líquido, localizado abaixo do mostrador de velocidade, reúne as informações do computador de bordo.
Já nas versões XEi, XRS e Altis, o quadro possui dois grandes círculos em suas extremidades: o esquerdo reúne o conta-giros e o termômetro do motor; o direito, o velocímetro e o indicador de combustível. No centro há uma tela de 4,2 polegadas colorida, que exibe diversas informações sobre a condução, em projeção tridimensional.
A Toyota optou por manter as duas opções de motores já disponíveis. Uma delas é o 1.8 Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas, que desenvolve 144 cv de potência (etanol) e 139 cv (gasolina). O outro motor é o 2.0 Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas, com 154 cv (etanol) e 143 cv (gasolina).
Os câmbios no Corolla também foram mantidos: manual de seis velocidades (GLi) e automática Multi-Drive (para as demais). Esta última deriva da tecnologia CVT, cujo diferencial é um software de gerenciamento, que reproduz sete marchas, mesmo quando o motorista conduz o veículo com o câmbio na posição “Drive”.
Nas versões XEi, XRS e Altis, as trocas sequenciais podem ser feitas por meio das borboletas atrás do volante. Estas versões têm ainda a tecla Sport Mode que, quando acionada, altera o mapeamento do software de gerenciamento da transmissão para oferecer um comportamento dinâmico mais esportivo.
Em termos de consumo, o Corolla 1.8 manual, com gasolina, faz 10,7 km/litro na cidade e 13,2 km/l na estrada. Com etanol, registra 7,4 km/l na cidade e 9,1 km/l na estrada.
As marcas da versão 1.8 com transmissão Multi-Drive são diferentes: 11,4 km/l no trânsito urbano e 13,2 km/l no rodoviário (ambos com gasolina); e 7,8 km/l e 9,2 km/l (ambos com etanol), respectivamente no trânsito urbano e rodoviário.
O modelo 2.0 equipado com o câmbio automático, por sua vez, aponta outros valores. Com gasolina no tanque (10,6 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada) e abastecido com álcool (7,2 m/l na idade e 8,8km/l na estrada).
As grandes novidades na área de segurança é o Controle Eletrônico de Estabilidade (VSC), Controle Eletrônico de Tração (TRC) e Assistente de Subida (HAC). Além disso, os dois airbags do tipo cortina, antes disponíveis apenas na Altis, tornaram-se itens de série para toda a linha. Agora o modelo soma sete airbags: dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelho para o motorista. FOTOS DIVULGAÇÃO JC/TOYOTA/MALAGRINE ESTÚDIO
Jornalista viajou a São Paulo a convite da Toyota