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Por dentro do mercado

14 de dezembro, 2019
Jornal da Cidade BH Notícia boa também dá audiência!

Executivos de construtoras mineiras fazem uma avaliação sobre o setor da construção civil, expectativas para o próximo ano e seus futuros lançamentos.

Lucas Couto, diretor comercial e de marketing do Grupo Patrimar

 





Foto: Divulgação Patrimar

“No final de 2018, quando tivemos a eleição de um novo governo, as expectativas e a confiança na economia eram muito altas, havia um pacote de várias intervenções a serem feitas e o mercado, que já estava numa ascendência, acreditou que, em 2019, isso continuaria, porém com uma recuperação mais rápida. Estamos de fato vendo essa curva ascendente. No segundo semestre tivemos uma estabilidade maior em relação ao primeiro, isso fez com que as pessoas começassem a ter mais confiança e, consequentemente, investir mais. Algumas intervenções que o próprio governo fez como iniciar a Reforma da Previdência, mostrou para as pessoas que aquilo deixava de ser uma previsão para ser realidade, o que tem sido positivo.

Há dois ou três anos tínhamos uma taxa de juros de dois dígitos, cerca de 14, 15%. Hoje estamos com uma taxa de 6, 5,5, 5%, com especulação que chegue a 4,5, 4% para o início do ano que vem. São números muito positivos para o mercado imobiliário que vive, quase que exclusivamente de financiamento, cerca de 80%.

Na minha opinião, uma coisa puxa a outra: a confiança aumenta, a Reforma da Previdência fica cada vez mais clara, a Reforma Tributária passa a ser o próximo assunto a ser discutido, a taxa de juros tornando o financiamento mais acessível. O resultado, uma melhora significativa no mercado, que poderá crescer de forma ordenada. Estamos falando de um cenário de estabilidade para os próximos 5 anos, o que gera confiança também para o empresário.

Nossa perspectiva de crescimento da Patrimar para 2020 é de cerca de 20%, com lançamentos e vendas. Estamos com um land bank para até 2023, ou seja, nesses últimos três anos compramos muitos terrenos acreditando nessa retomada do mercado que está se concretizando. Isso para nós é muito positivo, pois saímos na frente com esse estoque de terrenos”.

Rodrigo Capanema, sócio da Capanema Gouvêa





Foto: Divulgação Capanema Gouvêa

“Consideramos que 2019 foi um ano de retomada no crescimento da construção civil, onde as pessoas retomaram os investimentos em imóveis, principalmente devido à queda da taxa básica de juros. Na mesma linha do Banco Central os bancos privados e públicos baixaram suas taxas para o financiamento bancário, atraindo não só investidores como clientes finais.

Um outro fator considerável é a mudança da lei de uso e ocupação do solo de Belo Horizonte. Com essa mudança construtoras irão lançar os últimos imóveis no coeficiente atual, gerando uma janela de oportunidades para os clientes aproveitarem.

Tivemos em 2019 um crescimento de mais de 30% das vendas em relação a 2018 e para 2020 estamos apostando em um crescimento ainda maior, com vários lançamentos já programados.”

 Yuri Alexei Chain Ramires, diretor Comercial da MRV

 





Foto: Divulgação MRV

“2019 vem sendo um ano desafiador, mas seguimos otimistas. A economia vem retornando o seu crescimento e fatores como inflação sob controle, redução das taxas de juros e a recuperação do emprego tem contribuído para isso. Acreditamos que, além da melhora no cenário econômico e restabelecimento da demanda, a redução das taxas de financiamento imobiliário pelos bancos serão as principais alavancas do mercado imobiliário nos próximos anos.

Leia também: Construção Civil comemora 2 milhões de atendimentos

Nossa previa operacional referente ao terceiro trimestre do ano aponta que a MRV atingiu seu melhor resultado de vendas líquidas para o período na história da companhia, registrando R$ 1,395 bilhão em comercializações. O que representa um aumento de 18,8% em relação ao mesmo período de 2018. Isso se deve ao volume importante de vendas que estamos mantendo. Em Minas Gerais, teremos até o final do ano, cerca de oito lançamentos que somam mais de 2.260 unidades. Esses empreendimentos serão construídos em Contagem, Sete Lagoas, Uberlândia, Uberaba, Montes Claros e Belo Horizonte. Não divulgamos projeções de lançamentos e vendas, mas acreditamos que 2020 será mais um ano de crescimento.”

José Francisco, sócio-diretor da Conartes





Foto: Divulgação Conartes Engenharia

“A Conartes vem mantendo seu cronograma de lançamentos por estar otimista com a melhoria econômica do país em virtude das grandes reformas já realizadas e das reformas em andamento. O mercado já melhorou e continuará melhorando mais ainda. Existe demanda reprimida (déficit habitacional), e ainda existem boas oportunidades de investimento, apesar do baixo estoque na cidade.

O COPOM reduziu a taxa Selic em mais 0,5%, chegando a 4,5% ao ano, sendo essa a menor taxa desde 1.999 (ano em que começou o regime de metas para a inflação) e isso estimula o crescimento da economia e consequentemente, o investimento imobiliário. Os investimentos, principalmente na renda fixa, estão cada vez menos atrativos, motivando os investidores a transferir suas aplicações para investimentos de maior potencial como acreditamos que ainda é no imóvel a médio e longo prazo.

Estamos com grandes projetos, como o Ed. Lycio Cadar de duas torres, 4 suites – que está em fase de pré-lançamento (ao lado da Praça da Liberdade) e outros lançamentos em andamento como o Neo e o Georges Pompidou (Funcionários), Piazza Fontana (Vila da Serra), entre outras unidades remanescentes.”


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