Saúde. Um Milhão de Máscaras (1MM) é um movimento cidadão para a produção de máscaras que nasceu com um pequeno grupo de voluntários para atender a uma demanda da força tarefa do Comitê de Crise do Governo de Minas Gerais.
Com o agravamento da pandemia do COVID 19 o grupo vem agregando pessoas e hoje conta com a participação de voluntários, empresas e profissionais da indústria da Moda de Belo Horizonte.
Os objetivos são a criação de uma rede para produzir máscaras para serem doadas a hospitais, asilos, comunidades e ao público geral; e a sensibilização e conscientização da população para o uso protetivo das máscaras, sempre que precisarem sair de casa.
Historicamente Capital das Costureiras, hoje Capital da Moda, Belo Horizonte faz neste momento um esforço coletivo e de solidariedade agrupando grande número de empresas de confecção e outras tantas facções que agora estão focadas na produção de máscaras.
“Estamos mobilizando as indústrias de confecção, oficinas, facções, costureiras independentes e quem puder nos ajudar”. – diz Rita Engler, professora da UEMG e uma das coordenadoras do Movimento.
Marcas de moda de BH foram as primeiras a se engajar ao movimento. Bianza, Cláudia Rabelo, Isabella Paes, Kumara e Plural, já estão produzindo e entregando máscaras. O sentimento geral é de gratidão de poder ajudar, ao mesmo tempo, os profissionais de saúde, a população e os colaboradores das fábricas. “O movimento nos trouxe alegria em meio ao caos. E, além disso, estamos gerando renda para costureiras autônomas que estavam ociosas e que tem na costura o sustento de suas famílias” – completa Pedro Rabelo.
O primeiro grupo está dedicado inicialmente à produção de máscaras em não tecido (tnt industrial) para ajudar hospitais, clínicas e casas de apoio. Em paralelo, acontece a produção de máscaras em tecido, as chamadas máscaras protetivas de civilidade, que serão direcionadas para comunidades e pessoas em situação social frágil.
“Estamos orientando e sugerindo que as empresas possam fazer máscaras com o que tem em casa neste momento (ponta de estoque de tecidos, peças de coleções passadas, retalhos, etc.). ou então incluir o molde da máscara no mapa de corte da coleção em vigor. É uma forma também de conscientizar o setor quanto à geração de resíduos têxteis.” – salienta Gabriela Marcondes, da Ecomaterioteca, que faz parte da equipe de coordenação.
Inspirar e engajar empresas e pessoas para ajudarem da maneira que puderem. Gente com uma máquina de costura ao alcance das mãos, gente que doa tecido e materiais, gente que doa serviços e gente que pode doar dinheiro para ajudar o desenvolvimento. É isto: gente cuidando de gente, numa corrente solidária que gira rapidamente, pois as necessidades são urgentes. Já estão apoiando: ACMINAS, AUDACES, FRENTE DA MODA MINEIRA, GM – Gestão de Resíduos Têxteis, IMA TÊXTIL, ROMANO COMUNICAÇÃO, SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE, SOU DE ALGODÃO, VOLMAPE, UEMG.
O 1MM tem usado a tecnologia para a comunicação digital e contará com um site oficialcom informações sobre o movimento, dicas e tutoriais para a produção caseira e atualização das metas de produção. Um perfil no Instagram [@ummilhaodemascaras] e uma campanha de financiamento coletivo também estão sendo desenvolvidos.
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