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Clínica de fisioterapia retoma atendimento com triagem e higienização rigorosas

09 de setembro, 2020
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Pandemia. Para manter a segurança dos pacientes, professores, alunos e funcionários, sem casos de contágio pelo novo coronavírus, há cerca de 60 dias a clínica de fisioterapia da Faseh adotou rigorosas medidas sanitárias. Com um método de triagem e higienização rigorosas, medidas de afastamento entre pacientes e paramentação de profissionais, esse é único grande serviço fisioterápico, com atendimento pelo SUS na Grande BH, que não registrou contaminação por Covid-19, após reabertura na pandemia.

A afirmação é do professor José Roberto Barbosa, responsável pelos atendimentos da área de neurológica da clínica. “Pacientes de risco, com idade avançada, cardíacos, hipertensos, acabam não retornando aos atendimentos. Mas, estamos conseguindo atender a uma gama de pacientes de baixo risco, o que tem sido muito importante para eles e para a formação dos alunos”, comenta.

De acordo com Nara Nicomedes, que supervisiona a fisioterapia respiratória na clínica-escola em Vespasiano, todas as quintas, o pequena pausa nas atividades foi importante para a clínica. “Tivemos sim a suspensão de atendimentos, por um período, para que a instituição pudesse se munir de todos os cuidados para o atendimento seguro”, conta.

Rigor na segurança

Além do afastamento entre pacientes, o pessoal da clínica adotou triagem e higienização ainda mais rigorosas. Tudo dentro do padrão recomendado pelas autoridades sanitárias e com treinamento sob supervisão constante, inclusive na paramentação cuidadosa dos profissionais.

A Agência de Notícias foi registrar uma manhã de sexta-feira de atendimento, dia da neurologia sob coordenação do professor José Roberto que contou como estão os atendimentos. “Estão funcionando super bem, uma rotina de atendimentos tranquila, triagem na entrada, fluxo de pacientes adequado, o pessoal da limpeza trabalhando com muito afinco e organização, isso também tem sido o diferencial e o nosso espaço, como é um espaço amplo, é um favorecedor para isso”.

Cuidados adotados

Na entrada do galpão da clínica, o controle de acesso dos pacientes conta com avaliação prévia, em entrevista e tomada de temperatura. A funcionária dá as recomendações de segurança e higienização. Ela também orienta a lavar as mãos, usar o álcool gel, disponibilizado em totem acionado com o pé, e permanecer de máscara durante todo o tempo dentro da clínica.

Equipamentos e camas têm higienização permanente na Faseh

O treinamento frequente dos funcionários, para a paramentação e a higienização do ambiente, antes e após os atendimentos, foi outra medida importante adotada. O pessoal da limpeza, inclusive, tem que treinar a colocação e remoção da vestimenta e equipamentos de segurança, sob orientação dos supervisores da clínica. Tudo isto têm garantido tranquilidade para quem trabalha ou precisa do serviço da Clínica-escola instalada no campus da Faseh, em Vespasiano.

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Satisfação e confiança

Segundo o professor José Roberto, o que tem me surpreendido é a confiança dos pacientes no trabalho dos profissionais, mesmo em tempos difíceis. “É fundamental para eles continuarem realizando seus tratamentos porque têm outras questões de saúde que são prioridades para eles, dentro deste contexto. E, para alguns, a suspensão comprometeu o trabalho de reabilitação”, analisa.

Foi o caso do morador de Vespasiano, Rodinelli Alexandre Rodrigues de 41 anos que faz fisioterapia na Faseh há cerca de 1 ano. A paralisação casou um retrocesso na evolução do paciente que ficou tetraplégico devido a um mergulho em água rasa, na localidade de Tavares em Confins.

“Agora, já voltei a ter capacidade de tocar a cadeira-de-rodas sozinho, o que havia perdido durante o tempo sem tratamento. O tratamento aqui é muito bom e é isso que está me ajudando a ter evoluções. Não quero que pare mais!” Quem atesta é Jardelle Rocha, aluna do 9º período de fisioterapia da Faseh. “Hoje, ele está com uma mobilidade bem maior, chegou aqui empurrando a cadeira com as mãos. Tem tido uma melhora muito boa”, diz.

Natanael chega andando, apenas com uma órtese de apoio para um dos pés. Há pouco mais de 1 ano, ele sofreu um acidente de moto em que foi lançado e caiu sentado no asfalto fraturando a coluna em 4 pontos. No HPS do João XXIII, foi operado, mas estava sem movimentos e funções da cintura para baixo, com diagnóstico de síndrome de cauda equina.

Depois da alta da internação, o analista de segurança da aviação civil, de 35 anos, foi encaminhado para a reabilitação em uma clínica de BH. Como o serviço não tinha fisioterapia para as funções genital e urinária que ele precisaria fazer, indicaram a Faseh para ele. O jovem ficou apreensivo com a interrupção do atendimento, nos primeiros meses da pandemia e voltou assim que a clínica foi reaberta.

Recuperação e agradecimento

Natanael conta que começou a se tratar na clínica-escola em Vespasiano em outubro e teve uma recuperação surpreendente. Chegou cadeirante e já anda sozinho, com menos de 11 meses de tratamento. O neurologista dele havia dito que isso deveria ocorrer com cerca de 2 anos de fisioterapia. O paciente também se surpreendeu com o tratamento recebido de professores e alunos que mantém, mesmo durante a pandemia, com uma sessão por semana.


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