Pele. Um hormônio associado aos picos de estresse, pode estimular a produção de glândulas sebáceas e ser uma causa potencial dos problemas na pele
Os cuidados com a pele parecem ter entrado de vez na rotina dos brasileiros. São diversas opções de produtos e tratamentos que prometem deixar a aparência cada vez mais saudável. No entanto, as acnes, comum entre os adolescentes, podem se tornar uma questão incomoda também na vida adulta e exigir uma atenção a mais durante o famoso skin care. Por tanto, é necessário se atentar a essas visitas indesejadas na pele e suas causas.
De acordo com um estudo realizado pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, as situações do cotidiano e algumas alterações no organismo podem desencadear o aparecimento de espinhas. Essa pesquisa mostrou que um hormônio associado aos picos de estresse, pode estimular a produção de glândulas sebáceas e ser uma causa potencial dos problemas na pele.
Considerando uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), esse se quadro mostra mais comum do que se imagina. O estudo aponta que uma em cada três pessoas possuem acne em decorrência de problemas emocionais. Entre eles estão o estresse, ansiedade e depressão.
A dermatologista e membro da SBD e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), Ana Rosa Magaldi, explica que que existem inúmeras razões para o desenvolvimento do distúrbio em pessoas acima dos 21 anos são diversos. “Existem muitas razões que justifiquem o aparecimento e a evolução da acne na vida adulta, mas as de maior influência são as alterações hormonais somadas ao estresse. Nas mulheres, um dos principais problemas associados à acne é o ovário policístico”, comenta.
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O cortisol, hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, ajuda o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, além de contribuir para o funcionamento do sistema imune, manter os níveis de açúcar no sangue constantes e a pressão arterial. Porém, quando o indivíduo passa por algum abalo psicológico uma grande quantidade começa a ser produzida e isso pode ser refletido na pele. “Outros fatores que também podem influenciar no aparecimento da acne na fase adulta são os hormônios androgênicos. Isso porque no momento em que os mesmos estão em desequilíbrio, as glândulas sebáceas ganham um maior estímulo e a pele fica mais oleosa”, explica.
O primeiro passo para quem deseja tratar os impactos da acne é procurar os cuidados de um dermatologista qualificado. Ele é o responsável por analisar o caso do paciente e indicar a forma mais adequada para obter uma pele mais saudável.
Essa questão pode ser controlado de várias formas, mas a escolha do melhor tratamento depende dos contextos e características da pele de cada pessoa, ou seja, cada caso é um caso. Dentre os métodos mais adotados estão o uso de ácidos e antiandrogênicos, e a realização de sessões de limpeza de pele e peelings químicos.
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Ainda segundo a dermatologista Ana Rosa, existem alguns hábitos básicos que são determinantes para a amenização da recorrência da acne na fase adulta. “Evite o uso de maquiagens e cosméticos que contenham óleo em suas formulas, pois eles podem obstruir os poros e causar o aumento da oleosidade da pele. Ainda é importante utilizar produtos oil-free e não comedogênicos.
A profissional também ressalta que uma boa alimentação faz toda diferença, sendo interessante manter uma dieta baseada na ingestão de alimentos integrais, orgânicos, frutas, vegetais e legumes.
Ana ainda pontua algumas dicas de skin care. “Já quanto aos hábitos diários para evitar o aparecimento da acne, recomendo aos pacientes que lavem o rosto ao menos duas vezes ao dia, fazendo uso de sabonetes que controlem a oleosidade, mas que sejam adequados ao seu tipo de pele. O uso de produtos que tenham ação secativa, clareadora e ajudem na renovação da pele são ótimas alternativas para quem precisa controlar o distúrbio. A realização de peelings químicos, sessões com lasers e luz pulsada também contribuem para a aceleração do processo de recuperação da pele do paciente”, conclui.
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