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“Queimadas podem provocar danos ao sistema elétrico”, alerta Cemig

18 de julho, 2019
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Cuidado. Para minimizar os danos e reduzir os desligamentos devido às queimadas em Minas, campanha está sendo divulgada em todo o Estado

As queimadas, mais frequentes nesta época do ano, podem causar interrupções no fornecimento de energia, trazendo transtornos para a população e para os serviços essenciais. Levantamento realizado pela companhia apontou que, apenas no ano passado, mais de 100 mil clientes tiveram o fornecimento de energia afetado por incêndios. Ao todo, foram cerca de 250 ocorrências de interrupção de energia, a maior parte delas na região Norte de Minas.

De janeiro a maio deste ano, foram registradas 44 interrupções causadas pelo fogo na área de concessão da empresa, sendo que a região Leste de Minas registrou o maior número. Durante o período, 5,3 mil clientes ficaram sem energia elétrica, após incêndios atingirem a rede elétrica.

Porém o número de ocorrência deve aumentar nos próximos meses, à medida que se reduz o volume de chuvas e diminui a umidade do ar. Para evitar e minimizar possíveis danos provocados pelo fogo, a Cemig realiza ações preventivas, investindo na limpeza de faixas de servidão, com poda de árvores e arbustos e remoção da vegetação ao redor dos postes e torres. A companhia também realiza inspeções em suas linhas de transmissão.

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A empresa também lançou, este mês, uma campanha de prevenção de queimadas próximas às linhas de transmissão. As ações de conscientização previstas na campanha deste ano – com o tema “Queimadas: você pode evitar” – incluem a divulgação em TV, rádio e redes sociais, anúncios em jornal, outdoors e backbus, além de realização de palestras para a população. Foi preparada uma campanha específica para veiculação em áreas específicas, onde o problema for mais grave, abordando o aspecto criminal das queimadas ilegais na área de servidão das linhas de transmissão, que são protegidas por lei.

As queimadas podem provocar danos aos postes e cabos condutores, sendo necessário substituir equipamentos, o que provoca a demora na religação dos circuitos atingidos. De acordo com Césio Lima, engenheiro de manutenção da transmissão da Cemig, há ainda o risco de curtos circuitos, causados pelo aquecimento das proximidades dos cabos condutores. “Curtos circuitos decorrentes da ionização do ar devido ao aquecimento e fumaça provenientes de incêndio podem levar ao desligamento de linhas e subestações”, explica o engenheiro.
Além dos danos ao setor elétrico, as queimadas prejudicam a segurança dos motoristas, que têm a visibilidade das pistas comprometida e, no ambiente rural, reduzem a produtividade nas áreas de cultivo. Entre os problemas ambientais, vale destacar o impacto na fauna, já que queimadas florestais destroem o habitat natural e provocam a morte de animais.

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Dicas

De acordo com o engenheiro eletricista Demétrio Aguiar, da Cemig, a maioria dos incêndios continua sendo decorrente de práticas humanas imprudentes. “Uma das principais causas de incêndios florestais são as queimadas preparatórias de pastos e de terrenos para plantio, que se espalham rapidamente, especialmente no período seco. Além disso, o descarte de cigarros acesos na beira das estradas também ocasiona queimadas”, explica o especialista. “Garrafas descartadas incorretamente podem funcionar como uma lupa e dar início a incêndios a partir da incidência de raios solares”, completa.

Por isso, Demétrio recomenda que as pessoas devem apagar com água o resto do fogo em acampamentos, para evitar que o vento leve as brasas para a mata. Também não se deve realizar queimadas a menos de 15 metros de rodovias, ferrovias e do limite das faixas de segurança das linhas de transmissão e de distribuição de energia. E nunca jogar cigarros acesos ou garrafas nas margens da rodovias.

Antes de realizar uma queimada, consulte o Instituto Estadual de Florestas (IEF) pelo telefone 0800 282 2323. A Cemig lembra que é proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais. Em caso de incêndios, o Corpo de Bombeiros (193) e as Brigadas Voluntárias de Combate a Incêndios Florestais devem ser avisados o mais depressa possível.

Foto: Divulgação/JC


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