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Parque da Pampulha terá obra exposta na Casa Cor

01 de agosto, 2020
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Arte. Apesar de estar fechado para visitação, local tem recebido manutenção e melhorias, como a instalação da Oca, criada por jovens arquitetos

Embora os parques municipais de Belo Horizonte permaneçam fechados à visitação, como medida preventiva contra a Covid-19, os cuidados com as áreas verdes não param. O Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego, conhecido como Parque Ecológico da Pampulha, é um dos que passam por melhorias.

Através do projeto Movimento Gentileza, que tem o objetivo de apoiar ações que contribuem com a melhoria do ambiente urbano em benefício de uma cidade mais humana, alegre e gentil, está sendo instalada no parque uma obra de arte. É uma oca em estrutura metálica vazada em aço corten, em formato caracol – inspirada no design de Roberto Burle Marx.

A obra é um dos 250 projetos inscritos – e o vencedor – na edição mineira do Archathon, concurso de arquitetura e interiores voltado para profissionais em início de carreira. Foi concebida pelos jovens arquitetos Murad Mohamad, Jéssica Sarriá e Bárbara Barbi. A premiação rendeu ao trio uma generosa área externa de 200 m2 na 25ª edição do Casa Cor Minas, realizada em outubro de 2019, no Palácio das Mangabeiras, aos pés da Serra do Curral.

Batizada de Oca, a obra foi originalmente concebida para proporcionar uma experiência sensorial e de conexão intensa com a natureza durante a mostra de decoração, já que a proposta era criar um espaço de convivência para os visitantes da Casa Cor Minas.

Por isso, a natureza norteou os arquitetos na escolha da paleta de cores adotada no projeto, com tons que remetem às montanhas, além dos materiais utilizados, como as pedras de texturas naturais e a madeira do deck, que compunha a instalação na Casa Cor, mas não será implantada no Parque para não gerar custos na manutenção.

No centro da obra se ergue uma estrutura vertical montada a partir de 420 ripas de metal oxidado, em forma de caracol, sobre um piso mais elevado que, juntos, formam um conjunto arquitetônico de design totalmente orgânico, no estilo Burle Marx.

Após o encerramento da mostra de decoração, os arquitetos precisavam de um espaço para instalação permanente da estrutura. Foi aí que entrou em cena o Movimento Gentileza, promovendo a parceria entre a Casa Cor, a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica e os três arquitetos autores da obra, que escolheram o Parque Ecológico da Pampulha, local que agora conta sua primeira obra de arte a céu aberto.

A instalação também contou com o apoio da Arcellor Mittal, fornecedora dos materiais e dos recursos para a transferência da obra.

O presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Sérgio Augusto Domingues, explica que a escolha do parque para receber a obra “respeitou a ideia original dos arquitetos: promover uma interação do homem com a natureza e espelhar em sua composição suas cores e formas.

“Além disso, dada a inspiração do projeto nos traços de Burle Marx, a escolha da Pampulha, berço de vários outros projetos do artista, é sem dúvida uma opção prática para permitir aos visitantes conhecer a rica história e as várias obras de Burle Marx numa mesma região”, observa.

A obra está sendo instalada no local conhecido como “colinas”, área gramada próxima ao espelho d`água e ao lado do slack parque. Os trabalhos devem ser concluídos na próxima semana.

FOTO / Daniel Alves / PBH


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