Economia. Levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico aponta que as duas etapas de flexibilização do isolamento social na capital – iniciadas em 25 de maio e 8 de junho – representam a retomada de 92% dos empregos em Belo Horizonte. O Decreto 17.304/2020 permitia o funcionamento apenas de serviços essenciais em Belo Horizonte, como supermercados, hospitais, padarias, clínicas médicas, entre outros. Em 20 de março, quando o decreto entrou em vigor, cerca de 776 mil empregos do setor privado se mantiveram ativos (86%), com o funcionamento normal de 151.295 empresas (82% do total) e de 129.684 Microempreendores Individuais – MEIs (65% do total).
A medida foi tomada para o controle da disseminação do Coronavírus na capital. Desde então, o Comitê de Enfrentamento à Pandemia de Covid-19 vem analisando os dados epidemiológicos, e em conjunto com o Comitê de Retomada, definindo os estabelecimentos comerciais e atividades que podem ser retomadas gerando o menor impacto possível no controle da Covid-19.
Leia também: Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ) ganha versão online
Com a autorização da primeira fase de reabertura em 25 de maio, após análise dos indicadores epidemiológicos, mais de 34 mil trabalhadores passaram a retornar as atividades, com a reabertura de 9.771 empresas e mais de 28 mil MEIs. Dos setores de maior impacto, destacam-se os salões de beleza, com 19.461 MEIs registrados na cidade. Em termos de emprego, o setor mais expressivo da fase 1 foi o de veículos automotores, que oferece mais de 6 mil vagas no mercado de trabalho formal.
Já na fase 2, a partir de 8 de junho, 5.323 empresas e 8.137 Microempreendedores Individuais (MEIs) foram contemplados. Essas atividades representam cerca de 15 mil empregos formais no município. Com a inclusão desses estabelecimentos na flexibilização, somada aos que já estavam em funcionamento nas fases 1 e de controle, cerca de 89,6% das atividades privadas em Belo Horizonte voltaram a funcionar.
Nessa segunda etapa, a atividade que gerou maior impacto foi a de artigos de uso pessoal (exceto vestuários e acessórios), que representa 2.912 empresas, e 3.973 MEIs, e mais de 9 mil empregos formais na cidade.
De acordo com dados das empresas de telefonia, não foram identificadas mudanças significativas no Índice de Isolamento nas últimas semanas, mesmo com a reabertura gradual. No entanto, uma redução é esperada e os índices vêm sendo acompanhados diariamente pelo Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19, formado por profissionais renomados da área médica integrantes da Sociedade Mineira e Brasileira de Infectologia e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Caso o comitê perceba que a flexibilização tem impactado negativamente nesses dados, as medidas para conter a circulação do vírus na cidade serão tomadas. Isso inclui o fechamento dos estabelecimentos que tiveram o funcionamento permitido e a ampliação de leitos para o atendimento de casos da Covid-19.
O Comitê de Retomada deverá se reunir nas próximas semanas com as atividades econômicas que ainda não foram contempladas pela política de flexibilização adotada pela Prefeitura para discutir sobre as novas etapas de reabertura e os protocolos sanitários a serem adotados por cada setor.
Óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave de residentes de Belo Horizonte são testados para Covid-19
Belo Horizonte conta com sistema de vigilância epidemiológica estruturado, que monitora e investiga os óbitos por doenças transmissíveis. Todos os casos de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) são notificados e a Secretaria Municipal de Saúde monitora e orienta para a coleta de material para identificação de qual o vírus respiratório. Em 2020, devido à pandemia do novo Coronavírus todos os óbitos por Srag são prioritariamente testados para Covid-19, por método RT PCR.
A Secretaria Municipal de Saúde faz um trabalho constante para sensibilizar os profissionais de saúde sobre a importância da notificação dos casos de Srag. Em conseqüência, a identificação das causas dos óbitos e quais os vírus respiratórios estão circulando em maior incidência.
“Esse aumento é natural. Sempre que há uma maior incidência de uma determinada doença, identificamos aumento na notificação. Isso é importante, pois além da vigilância epidemiológica, o paciente já recebe orientações e tratamento, antes mesmo do diagnóstico final, com resultado do exame”, explica o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto.
Dados de 6 de junho apontam que, em Belo Horizonte, a relação de Srag para Covid-19 era de 5 casos de Srag para 1 um caso de Covid-19.
Seja o primeiro a comentar
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se identificar algo que viole os termos de uso, denuncie.